Wednesday, March 28, 2007

A Pensar A Pensar
Eu tenho andado a pensar numa maneira qualquer para te conquistar.
Talvez dizer-te que tenho uma casa num monte, com um rio ao fundo.
Que passo a vida atrás da lua cheia e as vezes a te a osso falar.
E que me estou a preparar para ar a minha sétima volta ao mundo.

Talvez dizer-te que tenho uma ilha perdida num mar qualquer
E que a te tenho um veleiro parado por não ter companhia
Consigo ver o teu futuro nos astros, tudo o que sirva para te impressionar
E sou capaz de dizer que por ti muito mais o faria

E é olhar para ti e ficar a ver, como quem espera para saber o fim
E quando tu descobrires que é tudo mentira vais ficar doidinha por mim. (BIS)

Já inventei um segredo, para dizer que Aida não contei a ninguém
E que ele tem a resposta para tudo o que tu queres saber
Vou convidar-te a jantar não sei onde só para te fazer acreditar
No fim de contas mesmo sendo mentira, não há nada a perder

E é olhar para ti e ficar a ver, como quem espera para saber o fim
E quando tu descobrires que é tudo mentira vais ficar doidinha por mim. (BIS)
Quadrilha, no seu melhor

Friday, March 23, 2007

Cada lugar teu


Sei de cor cada lugar teu
Atado em mim, a cada lugar meu
Tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
Tento esquecer a mágoa
Guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
Sem ter defesas que me façam falhar
Nesse lugar mais dentro
Onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
Como se arrancassem tudo o que já foi
E até o que virá e até o que eu sonhei
Diz-me que vais guardar e abraçar
Tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
E o mundo nos leve pra longe de nós
E que um dia o tempo pareça perdido
E tudo se desfaça num gesto só

Eu vou guardar cada lugar teu
Ancorado em cada lugar meu
E hoje apenas isso me faz acreditar
Que eu vou chegar contigo
Onde só chega quem não tem medo de naufragar
Viver

Olho para trás e vejo na minha vida momentos de tristeza de solidão de alegria de crescimento de prazer de angustia de riso de tudo. É a minha história a minha pessoa, por mais podre, ou mais rico o meu passado é quilo que me constrói e que dá personalidade, por isso não percebo porque é que tenho de o esquecer… tenho sim é k olhar para ele … e procurar nele Deus.
Viver, é um tema que me tem feito pensar neste ultimo ano, perceber que faço parte de uma sociedade de uma historia de um ideal de um caminho, perceber que não sou dono de mim mesmo, que pertenço a Deus, que sou seu filho, não por escolha minha mas porque Ele me escolhe e me chama todos os dias a ser presença Dele. É muito bom perceber isto faz-me sentir feliz, faz-me sentir bem.

Porque?
Porque a minha vida ganha sentido, ganha um razão de ser, força, desejo de continuar, de lutar. Perceber que a minha vida não é minha, que eu apenas a vou “administrando” faz-me mais confiante, mais Homem mais Filho mais Cristão.Há uma musica dos humanos muito gira que diz

Vou viver a te quando eu não sei, que me importa o que serei, quero é viver!!!
Amanha espero sempre o amanha e acredito que será, mais um prazer
E a vida, é sempre uma curiosidade que me desperta com a idade, entereça-me o que esta para vir
E a vida em mim é sempre uma certeza que nasce da minha riqueza do meu prazer em descobrir, …

Vou viver a te quando eu não sei, que me importa o que serei, quero é viver!!!

E é isto mesmo, vou viver, construir, vou sorrir vou morrer.

Porque para se viver tem que se morrer


Sunday, March 18, 2007

Silêncio

Silêncio, é palavra que habita, que palpita toda a música que faço.
É cidade onde aportam os navios, cheias de sonhos de distâncias e de cansaço.
Esta rua onde despida a valentia, a cobardia se embriaga pelo aço.
É o sórdido cinema onde penetro, e encoberto o devolvo ao teu regaço.
É a luz que incendeia as minhas veias os fantasmas que se soltam no olhar
que te acompanham por os lugares onde passeias. É o porto onde me perco a respirar.
Silêncio, são os gritos de mil gruas e o som eterno das barcaças
que chiando, navegam pelas ruas e dos rostos que se escondem nas vidraças.

Quem me dera poder conhecer esse silêncio que trazes em ti.
Quem me dera poder encontrar o silêncio que fazes por mim.
Pelo silêncio se mata, pelo silêncio se morre.
Tens o meu sangue nas veias! Será que é por mim que ele corre?

Somos dois estranhos perdidos na paz, em busca do silêncio sozinhos de mais
Somos dois momentos, dois ventos cansados, em busca da memória de tempos passados (bis)


Silêncio é o rio que esconde o odor de um prédio enegrecido
o asfalto que me assalta quando paro, é somado por um corpo já vencido
Silêncio são as luzes que se apagam, pela noite na aurora já despida.
E os homens e mulheres, que na esquina trocam virtudes, prazeres, talvez sida.
Silêncio é o branco do papel. É o negro pálido da mão,
é sombra que se esvai feita poema, num grafite que a gazela o leão.
Silêncio são as escadas do metro, onde poetas se mascaram de videntes
Silêncio é o crake que circula entre as putas e letras com confinetes

Quem me dera poder conhecer esse silêncio que trazes em ti.
Quem me dera poder encontrar o silêncio que fazes por mim
Pelo silêncio se mata, pelo silêncio se morre.
Tens o meu sangue nas veias! Será que é por mim que ele corre?

Somos dois estranhos perdidos na paz, em busca do silêncio sozinhos de mais
Somos dois momentos, dois ventos cansados, em busca da memória de tempos passados (bis)

Silêncio …

Pedro Abrunhosa

Saturday, March 17, 2007

Noite


A noite não tem braços
que te impeçam de partir,
nas sombras do meu quarto
à mil sonhos por cumprir.

Não sei, quanto tempo fomos
nem sei, se te trago em mim…
sei do vento onde te invento…assim
não sei se é luz da manha
nem sei o que resta em nós
sei das ruas que corremos, sós

Porque tu … deixas em mim, tanto de ti
Matam-me os dias as mãos vazias de ti.

A estrada aida é longa
sem quilómetros de chão.
Quando a espera não tem fim
à distancias sem perdão

Não sei, quanto tempo fomos
nem sei, se te trago em mim…
sei do vento onde te invento…assim
não sei se é luz da manha
nem sei o que resta em nós
sei das ruas que corremos, sós

Porque tu … deixas em mim, tanto de ti
Matam-me os dias as mãos vazias de ti.

Navegas escondida.
Perdes nas mãos, o meu corpo
Beijas-me um sopro de vida
Como um barco abraça o porto.

Porque tu … deixas em mim, tanto de ti
Matam-me os dias as mãos vazias de ti.

deixas em mim … tanto de ti
Matam-me os dias as mãos vazias de ti.
Meu Deus, porque ?

Sexta feira, dia 9 deste mês, acordo com o meu irmão aos berros … estava a falar com um senhor, no qual não sei o nome e que sempre me passou despercebido.
O cenário era o seguinte: o meu irmão atrapalhado, com cara de quem acaba de acordar, eu chateado, e ao mesmo tempo preocupado, porque ele estava aos berros…e o homem todo cortado, a pedir ajuda. Não sei se é correcto estar a expor isto assim na net, afinal o senhor tentou-se matar…mas hoje sinto-me triste e já vão perceber porque …
Entretanto o senhor foi para o hospital, foi corado e já esta de volta. E esta é a parte mais triste. Um homem, seja ele que for, tenta matar-se e volta para casa no dia a seguir, aparentemente sem qualquer apoio…é triste não é! No sei qual foi o motivo, calculo que tenha sido a solidão, pois a mulher dele, morreu à menos de um mes atrás. É verdadeiramente triste estar sozinho, tão triste que leva as pessoas ao desespero, quando perdemos os motivos, os sonhos os sorrisos, podemos ate estar vivos, mas perdemos a vida.
Hoje acordei e a primeira coisa que fico a saber é que esse Homem acabou por se enforcar…
Sinto-me envergonhado, porque não foi capaz de ir ao encontro dele, não sou o super-homem, mas… sinto-me parvo, porque não foi capaz de perder um bocado do meu tempo com ele. Ou melhor não foi capaz de ganhar um bocado do meu tempo com ele. Apenas me limitei a rezar. Com alguma vontade de ir ter com ele, mas sem saber como o fazer e quando…
Agora só me resta rezar mesmo, por um homem que não sei o nome, por tanto não o conheço… mas é verdadeiramente o meu próximo……

Thursday, March 15, 2007

Alentejo

Ainda trago um gosto a trigo a traz de mim
Que se me agarrou a alma ao nascer
Sou como um carreiro, longe de ter fim
Como quem ceifou searas sem saber

Sou lá de onde ninguém fala, nas marés
Onde o horizonte queima o olhar
Por paixão ainda trago arder nos pés
O calor de uma seara por cortar

Já catei dês da nascente até a hora do sol por
Já naufraguei nas ribeiras ao luar…

Ai Alentejo quem te amou não te esqueceu!
e ainda se ouvem os teus ecos nas cantilenas do sol…

O sol deu-me histórias velhas a contar
E eu guardei demanhâzinha ao pé do rio
Em Janeiro roubei mantas ao luar
E ao pastor roubei um carro e um assobio

Já corri a traz dos corvos já me escondi nos trigais
Ouvi rolas nos sobreiros a cantar

Ai Alentejo quem te amou não te esqueceu!
e ainda se ouvem os teus ecos cada vez que a lua cai…



Tuesday, March 13, 2007

Viver
Não se enganem!
Viver
nao são somente palavras
que vamos ler,
são tambem palavras
que vão ler-nos.
Viver nao se escreve com palavras,
mas sim com projectos.
Viver é um verbo
que só se conjuga com actos.
É esse vestígio que deixamos,
mas, ao invés
dos despojos dos fósseis,
Viver
é o sinal do porvir.
É um erro pensar
que é perciso nascer para viver,
é exactamente o contrário.
É preciso viver para nascer,
porque Viver
é dar-se à luz a si mesmo.
J. debruynne
Para viver é preciso morrer ,se não, não vivemos, anda-mos simplesmente vivos....