Thursday, March 15, 2007

Alentejo

Ainda trago um gosto a trigo a traz de mim
Que se me agarrou a alma ao nascer
Sou como um carreiro, longe de ter fim
Como quem ceifou searas sem saber

Sou lá de onde ninguém fala, nas marés
Onde o horizonte queima o olhar
Por paixão ainda trago arder nos pés
O calor de uma seara por cortar

Já catei dês da nascente até a hora do sol por
Já naufraguei nas ribeiras ao luar…

Ai Alentejo quem te amou não te esqueceu!
e ainda se ouvem os teus ecos nas cantilenas do sol…

O sol deu-me histórias velhas a contar
E eu guardei demanhâzinha ao pé do rio
Em Janeiro roubei mantas ao luar
E ao pastor roubei um carro e um assobio

Já corri a traz dos corvos já me escondi nos trigais
Ouvi rolas nos sobreiros a cantar

Ai Alentejo quem te amou não te esqueceu!
e ainda se ouvem os teus ecos cada vez que a lua cai…



1 comment:

Amour-Amour said...

Poque tal como não esquexes o alentejo eu tambem não esqueço quem esta do meu lado!

De mais ninguém, senão de ti, preciso:
Do teu sereno olhar, do teu sorriso,
Da tua mão pousada no meu ombro.
Ouvir-te murmurar: “Espera e confia!”
E sentir converter-se em harmonia,
O que era, dantes, confusão e assombro.
Obrigado a todos os meus amigos...
Carlos Queirós